Meu Pai.
Meu Pai.
Quem, meu pai?
Como descreve-lo sem ofender as suas origens, sem lhe trazer futuras incertezas sobre seu viver, sem matar dentro de si as crenças adoradas por anos, ou, sem fazer-te ignorar tais pensamentos dele descritos em sites, cadernos, ou, bloco de notas, refúgio dos seus anos escritos, por achar loucura...
Bom! Devo de certa forma começar falando do homem. Ele apelidado de "Favor", pseudônimo por ter complexo de "Carpinteiro do universo" neste caso família. Irmão, cuja ajuda não negava ainda que fosse estúpida os pedidos, filho, que em certo momento da vida teve as costas para si, com dores escondidas a sete chaves que ocasionou tantos obstáculos em seu viver, com uma alma eu não diria poeta, mas, com certeza uma alma leve que embora não detivesse exímio conhecimento da língua portuguesas fizera grandes textos.
Amou a tantas mulheres em sua estrada, uma delas minha mãe dando-me o prazer de conhecê-lo. Foram tantas Marias, Déboras, Laura...
Vivendo cada uma dessas relações com seu gosto amargo/doce de se entregar. Desenhava, lia, cantava, entre tantos dons que a vida deu, viciado em adrenalina, motoqueiro de corpo e alma, com hobes incomum para não dizer mórbidos, pois, tinha prazer em se mutilar, tirar fotos de seu próprio acidente quando estava funcional. Eu o admirava e ainda admiro, principalmente no episódio AVE, cuja gana por voltar a pilotar o tirou da cama, Débora, esposa naquela época o disse uma vez:
- Eu admiro você, e, gostaria de ter ao menos um terço de sua força de vontade e garra...
Bem!...
Eu poderia descrever tudo desse homem de uma força extraordinária que sempre me dizia:
- Nunca deixe ninguém lhe dizer que você não é capaz de fazer seja qual for ela...
Agora, falarei de meu Painho...
Alto de 1.74, cabelos castanhos, olhos verdes, de um conhecer supremo em determinados assuntos, carinhoso, ouvinte, conversava de vários assuntos como se os mesmos fossem o que na verdade era... Um assunto. Sem pudor, sem crença nunca me falou para não crer em qualquer que fosse minha crença apesar de em nada crer, vivia seu mundo sem se importar com a vida alheia, ajudava o próximo se achasse merecedor de tal feito, brincava, presenteava-me dentro de suas posses, e, digo com toda certeza agradava-me vê-lo tentando me agradar. Fazia-me rir con suas loucuras infantis, consolava-me no choro, o que posso dizer deste personagem... É MEU PAI!
Acredito quê, das pessoas que cruzaram seu caminho estes o adoraram ao mesmo tempo que o repudiaram, mas, certo mesmo é que de alguma forma amaram ou ainda o ama. Meu pai se foi, era um desejo que sempre teve, e, lembrarei dele que foi meu amigo...
Tchau meu pai.
Em memória de Osvaldo F. da Rocha Jr.
Texto: Meu Pai.
Autor: L. P.
Data: 02/11/2023 às 14:09