Chapada das Mesas - relato de viagem
Visitamos a Chapada das Mesas, no Maranhão! :-) Vimos muitas Mesas e nos banhamos em muitas cachoeiras lindíssimas! :-) Que passeio surpreendente! =)
Chegamos a Imperatriz, no Maranhão! Uma cidadezinha surpreendente, por parecer pequena, pero no mucho: nas avenidas, carros, motos e caminhões pararam para atravessarmos. Uma elegância! Elegante também o restaurante onde almoçamos espeto de filé com bacon e os acompanhamentos nordestinos: feijão mexido tropeiro, banana frita e purê de batata doce.
Partimos para Carolina, município pequeno e muito turístico. Tem dezenas de pousadas e casas de temporada na rua principal do centrinho histórico. A cidade já é mais que centenária, e já pertenceu ao Maranhão e a Goiás (no tempo em que era Goyaz), sendo almejada também pelo mais novo Tocantins. A praça principal do centrinho tem uma lancheria e sorveteria, e o grande canteiro central da avenida está repleto de árvores imensas, mangueiras centenárias. Ficamos hospedados ali nessa rua, na Pousada dos Candeeiros, um casarão colonial mantido com vários charmes daquele tempo na decoração. A excelente qualidade do serviço nos surpreendeu, assim como a confiança da casa em permitir que os hóspedes utilizassem uma copa-cozinha completa, ou mesmo alcançar tele-entregas na porta do nosso quarto.
A agência Torre da Lua, nosso receptivo, mostrou a Cachoeira do Dodô, coisa mais linda! Nas cachoeiras duplas do Itapecuruzinho, a infra-estrutura para balneário local também surpreendeu, assim como a beleza do ambiente e a temperatura morninha das águas. Fizemos um pouco de trilha e escalada para alcançar a escondidíssima Cachoeira do Talho. O esforço de até mesmo ter que nadar por um trecho da nascente do rio em que "não dava pé" valeu muito a pena! A queda d'água no recôncavo de um minicânion no meio do nada proporcionou uma das visões mais lindas que tivemos no passeio, e também uma excelente hidromassagem!
Sempre tendo como base a sede de Carolina, visitamos os atrativos com nossos ótimos guias, Carlos e Douglas. Fizemos uma pequena trilha mesa acima para ver o famoso Portal da Chapada, uma formação geológica de "janela" nas rochas no alto de uma das mesas, com a forma quase da América Latina com o Sul para cima. De lá, pudemos nos deslumbrar com a ampla vista da paisagem das mesas. São inúmeras! O Portal está rodeado de mesas, incluindo as Cinco Marias e o cartão-postal Morro do Chapéu. Aliás, fizemos questão de incluir no roteiro a trilha dita "moderada" de subida do morro do chapéu, cerca de cinco quilômetros, ida e volta. Redefinimos nosso conceito de trilha moderada, pois foi um tanto mais difícil do que pensávamos. De lá de cima, a vista também deslumbrante. À distância, as mesas preenchem a paisagem e dão harmonia às cores. Vemos o azul do céu, o branco das nuvens, o dourado do arenito das mesas, e o verde muito verde da vegetação nesta época em que a região vive seu Verão com Chuva, também conhecido como Inverno. No alto do Morro do Chapéu, completamos nossa exploração da fauna, além das "mutuquinhas", também com a visão de uma cobra. Preta por cima e amarela por baixo, cinzenta-prateada na lateral. Vamos pesquisar quem é a danada, mas só agora que estamos bem longe dela.
Vimos a Cachoeira da Mansinha, coisa mais linda, bem suave mesmo. Em termos de atrativos tranquilos, juntamos também o passeio de barco pelo rio Tocantins, coisa mais linda! Em uma das margens, Imperatriz no Maranhão; na outra margem, Filadélfia no Tocantins. Para adicionar adrenalina à história, incluímos uma horinha de prática de Stand-up Paddle no calmíssimo rio Tocantins. Sim! Tentamos, com todo o medinho do mundo, e conseguimos! Bem difícil essa história de se equilibrar no pranchão, segurando remo e ainda tendo que se erguer! E permanecer remando! Ficamos muito surpresos por não termos caído nenhuma vez. Os tripulantes do barco até folgaram em nós: "ué, não quiseram mergulhar?" :-)
Visitamos no rio Farinha as cachoeiras do Prata, lindas, com um belíssimo volume de água, e formando uma paisagem extremamente harmoniosa em seu conjunto. Vimos bem de pertinho a Cachoeira de São Romão, até visitamos a região atrás de suas águas (um caminho pontuado por cocô de andorinha! cuidado!). É a maior da região em volume de águas, e realmente lembra as Cataratas de Foz do Iguaçu, guardadas as proporções. Curtimos tranquilamente esse ponto, que é um balneário habitual para turistas na região, embora distante e acessível por veículos com tração nas quatro rodas. Vale muito!
Visitamos no rio Cocal um dos lugares mais liiindos e deslumbrantes de todo o passeio: o Poço Azul. Como o nome indica, é uma área rodeada de paredões (em três lados), em que a água parece azul azul azul, e morninha, com cachoeiras lindas por toda a volta. É um balneário preferido da população local e dos turistas. E o lugar mais liiindo de todos foi o Encanto Azul, na nascente do rio Cocalim. Pudemos ver mesmo peixinhos até lá no fundo de cinco metros. As cavernas e paredões que rodeiam o Encanto Azul proporcionam até mesmo um aconchego para este ambiente. A camerazinha Go Pro ficou repleta de lindas imagens. E as nossas memórias, mais ainda!
Visitamos também o complexo de Pedra Caída, um grande parque com muitas cachoeiras, todas com acessibilidade garantida. Curtimos a intensa hidromassagem da escondida Cachoeira da Caverna. Curtimos a beleza da Cachoeira do Capelão (capelão, ali, é um tipo de guariba, ou seja, um bugio). E vimos, para fechar com a proverbial "chave de ouro", a Cachoeira do Santuário. Escondida no fim de vários metros de cânions com trajeto na água, e guardada por pedras caídas na sua entrada, a bela cachoeira formou uma gruta no arenito e deixou somente uma entrada única e estreita, tendo paredões de 50 metros e como que uma claraboia bem no alto, cheia de verde, que a esconde. Muito linda.
Gostamos das paisagens, das mesas, das cachoeiras, dos banhos, da hospedagem, do atendimento, dos guias, e até da comida. Vimos e experimentamos frutas e sucos como caju, cajá, bacuri, acerola, e picolé de cajá, castanha de caju e até tapioca! Comi muita manga! Comentei que a avenida principal do centro histórico de Carolina tem duas fileiras intermináveis de mangueiras centenárias?! E estavam com frutas, muitas frutas, até caindo pelo chão. Curtimos o clima, que estava (bem) melhor do que o de Forno Alegre, e só pegamos uma chuvarada à noite. Fiquei bem positivamente surpresa com o empreendedorismo de pessoas simples que passaram a explorar o Turismo em suas propriedades rurais, com uma preocupação ecológica bastante evidente e uma postura de acolhimento que deixa o turista confortável e à vontade. E o mesmo vale para os complexos turísticos como Poço Azul e Pedra Caída, gigantes e super bem estruturados para receber grandes quantidades de pessoas com excelente conforto. Em suma, o passeio foi maravilhoso e surpreendente! :-)