128 - A MENINA DO ALTO DA ESTAÇÃO

LIVRO - CENTELHAS DE AMOR

A menina do alto da estação

Nascida em terras de engenho,

revela-se uma menina doce e calma.

Destaca-se pela branca pele e tez rosada.

Guarda boas lembranças de sua infância,

do imponente cruzeiro do Alto da estação,

onde gostava de brincar de ciranda.

Ainda menina, mudou-se para o bairro Areia Branca.

Em sítio dos avós maternos, não se adaptou logo de cara.

Mas estava feito, não tinha desdém de que desse jeito!

Para ir à escola, ia de jumento, foi divertido no começo.

Mas a ficha não caía! Não acreditava no que vivia!

Era tão distante de tudo!

Diferente do ambiente em que viveu lá no Alto da estação.

A menina cresceu, formou-se moça, magricela como sempre fora.

Lembrava-se sempre da antiga casa, dos amigos de infância, do trem e do pastoril.

Anos se passaram, ainda não aceitava viver ali!

Mas se acomodou à nova situação.

O sítio era bem arborizado, com frutas abundantes, jardim no oitão da casa.

Tão diferente de tudo que viveu lá no Alto da estação!

O tempo correu, a menina moça tornou-se mulher.

Formou família não tão grande quanto a de seus pais.

Propôs-se a escrever tempos atrás! E revelou-se poetisa.

Nos contos, poesias e prosas, denota-se em seus versos:

uma grande saudade de sua terra natal.

Guarda, com carinho, num cantinho especial do coração,

as lembranças de tudo que viveu lá no Alto da estação.

( Alto da Estação - Bairro de Canguaretama/RN - Onde nasci)

Neide Rodrigues, poetisa potiguar, em 17/07/2019 às 13:57h

Reedição 29/05/2024

NeideRodriguesPoetisaPotiguar
Enviado por NeideRodriguesPoetisaPotiguar em 17/07/2019
Reeditado em 04/06/2024
Código do texto: T6698047
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