Linguística: resenha de leituras e caminhos paradoxais. 30/12/21.

Os homens da escrita implicam atitude de leitura constante e aprofundada. As culturas ocidentais e mesmo as orientais se debruçaram nos códices da escrita. Os monges e iniciados vivenciaram o pertencimento a grupos de segredos e místicas. A escrita marcou a origem da história escrita como o foto e a roda inauguraram as invenções e a historia das culturas orais e ágrafas. Pertencer a história é reinventar as memórias sejam orais, sejam escritas. Com Saussure, mergulhado em leitmotiv da filologia e latim, seus alunos o perenizaram nas lições das primeiras páginas de seus cadernos de anotações. Destes compuseram Curso Geral de Linguística (1916). Claro, o movimento se eclode com e junto do Formalismo Russo e os aquitantes ou personagens das histórias orais agora escritas pelos russos. A rapsódia se faz carne escrita! A longa e frutuosa herança estruturalista penetrou vários saberes das culturas e personalidades como Freud, Nietzsche, Marx, Lacan etc. A gerativa gramática foi um ramo adicional a conduzir filiados da árvore como DNA das constitutividades linguísticas oracionais e frásic como um achado.... Mas, nem todos concordaram pois o "Éden da língua" ainda permanecera perdido como elo entre nós e os ancestrais, daí a arqueologia antropolinguística, etnolinguística, sociolinguísticas com apelos didáticos se enveredarem nas pesquisa, estudo e conservação de línguas nativas e indígenas no mundo todo, em especial nos Estados Unidos da América. Com o tempo, o que é sólido desmancha no ar... Marx avizinha-se às demandas e questionamentos pós-modernos de novas postulações de investigabilidade linguísticas e filológicas e pós-estruturalistas, pós-femonemologia, pós-marxistas ou neomarxistas como os Estudos culturais. Houve o grupo de Frankfurt como Adorno, Walter Benjamin, Levinas etc. com análise sobre a perda da aura da tradição dos poetas e novos tempos da reprodutibilidade industrial e cultura de massa. Os viéses pelos quais a linguísticas e seus recursos e autores e metodologias variaram 'plus"mente ou com rica (a)diversidade filosófica e no estudos das línguas e ou segunda língua... Derrida e outros assumiram com Delleuze e mais outros ainda uma dissecação da língua em Pharmacia de Platão em busca da "Difference" e motivos filosóficos e existenciais para repensar as dinâmicas entre língua, linguagem e cultura. Coube a muitos retomarem em novas sínteses. Só para citar um que me é caro: Stuart Hall etc. Essa rica herança de que nos resenhamos já faz parte de um longo e complexo legado a que nos instiga a novas buscas de efeitos de sentido e estudos dos discursos e seus contextos e uso e circularidade com e nos gêneros textuais a interagirem na sociedade hodierna. Vieram atuais análises de discursos de vertentes francesa e norte-americana, que ainda nos são contemporâneas, embora nos remetam aos anos 1960, com desdobramentos em mestrados e doutorados na USP, Unicamp, UFSCar, UFMG etc.

Com tal resenha particular, presenteio aos meus colegas deste frutuoso grupo de reflexões da língua nossa de cada dia e dos nossos arquivos da história da Língua Portuguesa.

Texto escrito em Português só para quem gosta

Grupo Privado

179,9 mil membros

https://www.facebook.com/groups/3730001937037455/

J B Pereira
Enviado por J B Pereira em 30/12/2021
Código do texto: T7418310
Classificação de conteúdo: seguro