O Falante deve ser um poliglota em sua própria língua.
Texto bilíngue (português e espanhol)
Ao falarmos da língua portuguesa devemos em primeiro lugar levar em consideração o que a permeia. A começar pela norma padrão, que é uma língua artificial que se diverge da língua realmente falada. De fato não escrevemos e falamos da mesma forma. Ao passo que a língua escrita é menos variável, a língua falada é caracterizada por variações. Usa-se a norma padrão para realizar atividades de comunicação escrita. Uma variação linguística que se assemelha à norma padrão é a variação culta, que é uma característica da fala de pessoas de camadas sociais mais abastadas e/ou escolarizadas, tal como escritores, acadêmicos, doutores etc. Erroneamente a língua culta e padrão são consideradas por muitos como sinônimo, porém a sociolinguística define a norma padrão como uma variação característica da escrita e a variação culta característica da fala de pessoas de classes privilegiadas supracitadas.
Tratando-se de variações linguísticas, deve-se levar em consideração quais variações permeiam a língua falada; são elas: a diatópica (fator geográfico) e a diastrática (classe social, sexo, idade, escolarização). Sendo assim, uma criança não fala como um adulto, um pernambucano não fala como um carioca, homens e mulheres falam de forma diferente, um jovem de periferia fala diferente de um jovem de classe social alta (este tem acesso a mais informação), e é claro, o nível de escolaridade influencia muito na fala de uma pessoa.
Um exemplo diatópico seria o caso de um falante da Bahia ao ir para São Paulo, esse se deparará com o ‘’r’’ retroflexo do paulista e escutará várias palavras que desconhece, mas que tem o mesmo referencial no mundo. O mesmo ocorre com o paulistano ao visitar a Bahia, se deparará com uma fala mais melódica e várias expressões desconhecidas. Embora isso não seja uma barreira para compreensão entre ambos falantes, pode haver casos onde os mesmos se encontrarão em uma situação bastante embaraçosa, devido à diferença lexical e/ou expressões idiomáticas, o que é bastante comum.
Por isso, conhecer as variações linguísticas é importante, não é necessário utilizá-las no seu meio de convívio, mas sim ter uma mente aberta para absorver as várias formas de falar, e dessa forma, saber adequar o modo de falar de acordo com a situação e/ou ocasião. Em questões diastráticas, ao lidar com crianças e adolescentes, terá que utilizar uma forma menos rebuscada ou até mesmo mais relaxada, ao falar com um juiz no tribunal terá que usar uma linguagem mais solene.
É importante que o falante entenda esta necessidade de ser flexível ao se comunicar, pois as variações da língua além de serem abundantes, são até mesmo parte da personalidade de um indivíduo. Ao conversar com pessoas de classes desfavorecidas, por exemplo, deve-se ser bastante cuidadoso, pois rechaçar este tipo de variedade é rechaçar a identidade do falante e estigmatizá-lo, por isso que o falante poliglota deve saber adequar seu modo de falar de acordo com a situação e de acordo com quem e onde se fala. Esta adequação pode ser comparada com um guarda-roupas, onde um indivíduo tem várias roupas (as quais representam as variações linguísticas), e estas roupas são usadas de acordo com a ocasião. Imagine uma situação onde um indivíduo precise escolher uma roupa para ir a uma entrevista de emprego, qual roupa ele usaria? Bermuda e camiseta ou uma roupa mais conservadora tal como sapato, calça-social e camisa de manga cumprida etc. Claramente que este indivíduo escolheria uma roupa mais conservadora devido à situação. Assim funciona a variação linguística, incorporamos uma linguagem mais rebuscada ao falarmos em uma entrevista de emprego e monitoramos a fala, já em uma conversa com amigos, falamos de forma mais espontânea e não formal.
Considerando todos estes fatores da língua supracitados, pode-se concluir que o falante deve sim ser poliglota em sua própria língua. E ser poliglota é Saber adequar o modo de falar, é valorizar as variações linguísticas dentro das comunidades, é respeitar a identidade do outro falante e consequentemente é ter a própria identidade respeitada, alternando entre as abundantes possibilidades de realizar a fala. Quanto mais flexibilidade, mais valorizada se torna a língua falada para aqueles que apreciam a singularidade de cada indivíduo; expressada através da maneira de falar, contar histórias, e de se relacionar um com o outro.
Imagine como seria o mundo onde as pessoas falassem apenas uma língua padrão, Isso afetaria a capacidade de um indivíduo de expor o seu eu interior, através das palavras anulando o que há de mais interessante na língua, que são suas variações e mutabilidade.
El hablante debe ser um políglota de su própria lengua.
Cuando hablarmos de la lengua portuguesa debemos en primer lugar llevar en consideración que la permea. Empezando por la norma estándar, que es una lengua artificial que diverge de la lengua realmente hablada. De hecho no escribimos y hablamos de la misma manera. Mientras la lengua escrita es menos variable, la lengua hablada es caracterizada por sus variaciones. Se utiliza la norma estándar para realizar actividades de comunicación escrita. Una variación linguística que se asemeja a la norma estándar es la variación culta, que és una característica de la habla de personas de clase alta y/o escolarizadas, tal como escritores, académicos, doctores etc. Erróneamente la lengua culta y estándar son consideradas por muchos como sinónimo, pero la sociolinguística define la norma estándar como una variación característica de la escrita y la variación culta característica de la habla de las personas de clases privilegiadas mencionadas anteriormente.
Tratandose de variaciones linguísticas, se debe tener en cuenta cuales variaciones permean la lengua hablada; son ellas: la diatópica (factor geográfico) y la diastrática (clase social,sexo,edad, escolarización). Siendo así, un niño no habla como un adulto, un ‘’ pernambucano’’ (persona que es natural del estado de Pernambuco) no habla como un ‘’ carioca’’ (persona que es natural de la ciudad de ‘’Rio de Janero’’) hombres y mujeres hablan de manera diferente, un joven de periféria habla diferente que un joven de clase social alta (éste tiene acceso a más información), y por supuesto, el nivel de escolaridade influencia mucho en la habla de una persona
Un ejemplo diatópico sería el caso de un hablante de ‘’Bahia’’ (uno de los estados de Brasil) al visitar ‘’São Paulo’’ (uno de los estado de Brasil), ese se deparará con el ‘’r’’ ‘’retroflexo’’ (ver fonética de la lengua brasileña) del paulista (persona que vive en São Paulo) y escuchará varias palabras que desconoce,pero que tienen el mismo referencial en el mundo. Lo mismo ocurre con el ‘’paulistano’’ al visitar ‘’Bahia’’, se deparará con una habla más melódica y varias expresiones desconocidas. Aunque que eso no sea una barrera para la comprensión entre ambos hablantes, puede haber casos donde los mismos se encuentran en una situación bastante desconcertante, debido a la diferencia lexical y/o expresiones idiomáticas, que son bastante comunes.
Así que, conocer las variaciones lingüísticas es importante, no es necesario utilizarlas en su medio de convivio , pero tener una mente abierta para observar las varias maneras de hablar , y de esa manera, saber adecuar la manera de hablar de acuerdo con la situación y/u ocasión. En cuestiones diastráticas, al hablar con niños o adolescentes, tendrá que utilizar una manera menos rebuscada o incluso más relajada, al hablar con un juez en el tribunal tendrá que utilizar un lenguaje más solemne.
Es importante que el hablante comprenda esta necesidad de ser flexible al comunicarse, pues las variaciones de la lengua además de seren abundantes, son incluso parte de la personalidade de un individuo. Al hablar con personas de clases desfavorecidas, por ejemplo, se debe ser bastante cuidadoso, pues rechazar este tipo de variedad lingüistica es rechazar la identidade del hablante y estigmatizarlo, por eso el hablante políglota debe saber adecuar su manera de hablar de acuerdo con la situación y de acuerdo con quien y donde se habla. Esta adecuación puede ser comparada con un gran ropero, donde un individuo tiene varias ropas (las cuales representan las variaciones), y esas ropas son utilizadas de acuerdo con la ocasión. Imagine una situación donde un individuo necesite elegir una ropa para ir a uma entrevista de empleo, ¿cuál ropa él usaria? Bermudas y camiseta o una ropa más conservadora tal como zapatos, pantalones y camisa de manga larga etc. Claramente que este individuo eligiría una ropa más conservadora debido a la situación. Así funciona la variación lingüistica, incorporamos un linguaje más rebuscado cuando hablamos en una entrevista de empleo y monitoreamos el habla, ya en una conversación con amigos, hablamos de manera más espontánea y no formal.
Considerando todos estos factores de la lengua mencionados anteriormente, se puede concluir que el hablante debe ser políglota en su própia lengua . Y ser políglota es saber adecuar la manera de hablar, es valorar las variaciones lingüísticas dentro de las comunidades, es respetar la identidad del otro hablante y consecuentemente tener su própia identidad respetada también, alternando entre las abundantes possibilidades de realizar la habla. Cuanto más flexible, más valorada se vuelve la lengua hablada por aquellos que aprecian la singularidad de cada individuo; expressada por medio de la manera de hablar, contar historias, y de relacionarse uno con el outro.
Imagine como sería el mudo donde las personas hablaran solamente una lengua estándar, eso afectaría la capacidade de um individuo de exponer su interior, por medio de las palabras anulando lo que hay de más interessante em la lengua, que son sus variaciones y mutabilidade.