PÉ-DE-VENTO (letrix múltiplo compartilhado- acróstico - Comentado)
P assando no tempo // intento de levar // teus pensamentos [7]
É um pensar constante // suave...leve // porém intenso [9]
_
D oida cabeça no céu // pé doido no chão // voz e fé - tufão!... [6]
E lásticas palavras // voam firmes // ao sabor dos ventos [8]
_
V ejo quão intensos // corajosos e firmes // são os cataventos [4]
E nquanto giram // acariciados pelo vento // gemem de prazer [5]
N ada teme // em frente segue // rastros de destruição [3]
T empo de vendaval // bagunça tudo // chove ilusão [2]
O gira_mundo - pé_pião // - varre a Terra // com o pé sujo de chão. [1]
AUTORIAS:
[1] Marco Bastos
[2] Teca Miranda
[3] Patrícia Essinger
[4] Lilipoeta
[5] Sandra Mamede
[6] Marco Bastos
[7] Iza Mota
[8] Teca Miranda
[9] Sandra Mamede
COMENTÁRIO MO ENCERRAMENTO DO LETRIX
Pronto mais um Letrix Múltiplo Compartilhado, fechando as letras.
Um PÉ-DE-VENTO, com tudo que dele se poderia esperar. rsrs.
E relaciono algumas percepções minhas, que nada têm de definitivas, e talvez nem sejam verdadeiras. Apenas singelos pensamentos.
O Eros do gemer prazeroso de Sandra, coexistindo com o Thanatus destruidor antevisto por Paty, na dinâmica do catavento de Lilipoeta.
Consciência do ambiente em que vive o homem, de movimento e de transformação, demandando o constante e intenso pensamento , suave, leve e elástico (Iza, Sandra, Teca).
A destemida ordem no caos, com Paty, nos tempos de vendaval, como assim viu Teca.
Na dinâmica do pião, no giro rápido, o equilíbrio instável - nada mais é local, nada mais é estável. O desequilíbrio nasce da impossibilidade de repor estados de estabilidade, quando é rompida a estabilidade.
O equilíbrio não corresponde à imobilidade, mas sim à adaptação.
No catavento não acontecem desequilíbrios - muda a direção do vento, ele o acompanha. Muda a intensidade do vento, ele gira mais lento ou mais rápido. Se isso não acontecesse, o vento o destruiria.
No pião as reservas de energia correspondem à sua energia de movimento. Ele salta, se inclina, tomba, dorme, bascula em seu próprio eixo, e toda a energia para esses movimentos encontra-se na rotação de que ele não se esquece, com sua cabeça aberta para o céu e seus pés sujos de chão.
E "nada está mudado, ... está mudando!"
Um abraço e parabéns a todos.
Marco.