Dizem...
Dizem que eu não sei falar de amor,
Nem de guerra, nem de ódio...
Mas se eu for falar quem vai me ouvir
Já que estão loucos pra partir
Ninguém mais tem medo da morte
Só da vida, sofrida...
Estou só e entregue a minha sorte
Não me entrego aos amores fúteis e intrigas.
É só desejos e sonhos
De glórias, sucesso e paixões...
São tantos os orgulhos bestas
Tão cheios de ilusões.
A sociedade é mesmo tão pobre
De espírito, beleza e compaixão.
Não estendo mais tapete vermelho
Pros nobres, pros trouxas, sem coração.
Ser ou não ser eis a questão
Que cala os inocentes dementes
Se forem todos inocentes sou gente
Sou humano, sou correto, sou o que eu quiser.
Ninguém vai me dizer o que fazer
Nem mandar eu ir me fuder
Porque agora eu sou único
Sou filho, mas não salvo ninguém.
Nem a mim mesmo, mas não desisto.
Me calo, mas digo o problema é de quem?
Sou eu perfeito ou não, mas não mudo.
Eles querem ter o poder de tudo
E eu que nada mando que desdém
Até porque não entendo sua moral, nem o dinheiro...
Nem mesmo o que gosto que me façam eu mando
Mas se eu quiser mando transformar o mundo num puteiro...
Só que mais meia dúzia de
Suas palavras não me convencem,
Não me convencem
Só que...
Nem eu quero convencer ninguém
Eu só quero ir muito mais além
De histórias de revistas e jornais
Tal quais todos os dias são iguais...
O amor é tão bonito
É tão divino