"SOBRE O MEU CAVALO AZUL"

BLUES

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Quando ligo minha moto, eu não ligo uma máquina,

Mas, (sim) abro as asas da liberdade e da imaginação.

E é nesse momento, que os acordes se unem, formando

a mais linda canção, que ouço saindo pelo escapamento.

Num alforge coloco meus sonhos, todas minhas esperanças

de um mundo melhor e no outro todo amor que tenho pra te dar.

Então coloco o capacete pra proteger do vento os meus pensamentos.

Depois aciono a embreagem, pra trocar as marchas e me isolar

das mágoas, das dores do mundo e de tudo que me faz mal.

Chega a vez de manejar o cabo do acelerador, porque é ele que

diminuirá a distância que me separa dos Irmãos.

Na garupa carrego a vontade de chegar em algum lugar.

E lá vou eu, pela estrada afora...

Tendo a imensidão do céu como testemunha ocular das diferentes

paisagens, pessoas, cidades, que por essa vida eu passar.

E lá vou eu, pela estrada afora...

Curtindo essa deliciosa paixão que enrola o cabo do meu coração.

Vou rodando sobre as rodas gigantes da emoção que vão girando,

impulsionadas, pelos elos da corrente, que me faz ter a doce ilusão de não criar raízes no chão.

Enquanto tudo isso acontece, o meu brasão, vai olhando e acenando

pra tudo que deixei lá trás.

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Fattoconsumado
Enviado por Fattoconsumado em 04/05/2008
Reeditado em 04/05/2008
Código do texto: T974234
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