C A P O E I R A
Gira no ar um corpo veloz,
na magia dos gestos, e de um canto que encanta,
no suor de um corpo de esperteza atroz,
onde o grande se expande. e o menor se agiganta.
Cultura trazida da África,
nos navios negreiros, chegou no Brasil,
herança abençoada, que ao tempo resistiu,
rito popular, que igual nunca se viu.
Seus golpes certeiros,
o pandeiro o berimbau,
na ginga bonita do moleque matreiro,
o macaquinho, o martelo, e o atrevido mortal.
Na praça a roda grande, o gingado a desenvoltura,
curiosos absortos, com a exibição,
com bossa e bravura,
nos corpos que pairam no ar, com graça e perfeição.
O mestre que ensina, com sabedoria,
Que o segredo da luta e o que a faz perdurar,
e que só vence quem aprende,
Que pior que cair, é não estender a mão, para quem quer levantar.