Procura do amor comum

Sábio amor.

Brilham estradas.

A procurar nas ruas,

Essa matéria prima.

Há que se olhar

Do tempo o tempo.

Os braços da ternura.

Até chegar agora.

A pluma da aurora.

E o dia vir...

Mas venha.

Mas não demora.

É linda nessa hora.

No amanhã será.

Mais linda.

Nunca esqueça.

Ó não esqueça.

O nobre som do canto.

Sorrindo a cada espanto.

Por onde corre a noite.

Por onde esconde o dia.

Só quem sorri sabe os segredos

Do amor que é sábio e, no entanto,

Brilham estradas procurando

Becos, cidades perdidas,

Sem se encontrar na rua.