As Mãos

Não quero te ver sem saída.
Não quero ver tua palidez.
Não quero ser a tua ferida.
Nem sentir passar a vez.

Conheço tua dor aqui
na palma da mão,
no frio do chão
e nas entranhas do medo.

Teu sorriso em compasso...
Tua vida saindo do laço...
Tua alma liberta do tempo...
O teu canto solto no vento...

Abre os braços agora...
Cante a canção perdida...
Me abrace noite afora
na pele adormecida...

Te dou minhas mãos
Moldadas em poesia...
Aquecidas pelo tempo
E guardadas na magia.