Esses poetas

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Ah! Esses poetas esquecidos.

Versos feitos e não lidos

desses homens geniais.

Mensageiros do amor:

sentimento infinito,

‘fogo que arde sem se ver’

que deveras sente o sentimento

sem sentido do sentir.

E, de tanto amor e devaneios,

não cabe em si.

Pobre humanidade adormecida,

mergulhada em sofismas

de modismos tão banais.

De canções tão dissonantes

que ao contrário de ontem, dantes,

separaram poesia e amor.

Transformando músicas melódicas

em monótonos momentos.

Mesclando, misturando, mais e mais,

a máscara que há em mim.

Músicas melódicas, monótonas músicas.

Maestros moleques, músicas melódicas.

Marcham nas monções melodiosas,

nos montes, nas montanhas, nas mentes:

em mim.

Nas mentes, em mim.

Em mim...

Em mim.

Fortaleza, 15 de outubro de 1998.

02h17min

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Do meu CD Claustro.