Cicatrizes da Guerra
O céu se pinta de cinza outra vez,
o som das balas corta a escuridão.
Soldados marcham sem saber por quê,
prisioneiro do medo, reféns da ilusão.
E nos destroços, a esperança sangra,
o chão marcado por prantos e dor.
As armas gritam, enquanto a alma cala,
sufocada pelo horror.
Vejo os olhos apavorados,
dos negros presos nas embarcações.
Levados pra um destino amargo,
sem nome, sem pátria, só corações.
A dor do mundo ainda ecoa,
nas guerras que nunca têm fim.
Cicatrizes que o tempo não apaga,
o preço cruel de um mundo assim.
Mãos calejadas seguram fuzis,
mas sonham apenas em voltar.
Enquanto os homens lucram com sangue,
quem luta só quer parar de lutar.
O vento sussurra histórias perdidas,
os rostos se apagam na escuridão.
Mas enquanto houver voz nessa terra ferida,
a gente transforma dor em canção.
Vejo os olhos apavorados,
dos negros presos nas embarcações.
Levados pra um destino amargo,
sem nome, sem pátria, só corações.
A dor do mundo ainda ecoa,
nas guerras que nunca têm fim.
Cicatrizes que o tempo não apaga,
o preço cruel de um mundo assim.
Talvez um dia as armas se calem,
e as dores parem de nos guiar.
Mas enquanto houver guerra e correntes,
seguimos lutando para libertar.