Cicatrizes da Guerra

O céu se pinta de cinza outra vez,

o som das balas corta a escuridão.

Soldados marcham sem saber por quê,

prisioneiro do medo, reféns da ilusão.

E nos destroços, a esperança sangra,

o chão marcado por prantos e dor.

As armas gritam, enquanto a alma cala,

sufocada pelo horror.

Vejo os olhos apavorados,

dos negros presos nas embarcações.

Levados pra um destino amargo,

sem nome, sem pátria, só corações.

A dor do mundo ainda ecoa,

nas guerras que nunca têm fim.

Cicatrizes que o tempo não apaga,

o preço cruel de um mundo assim.

Mãos calejadas seguram fuzis,

mas sonham apenas em voltar.

Enquanto os homens lucram com sangue,

quem luta só quer parar de lutar.

O vento sussurra histórias perdidas,

os rostos se apagam na escuridão.

Mas enquanto houver voz nessa terra ferida,

a gente transforma dor em canção.

Vejo os olhos apavorados,

dos negros presos nas embarcações.

Levados pra um destino amargo,

sem nome, sem pátria, só corações.

A dor do mundo ainda ecoa,

nas guerras que nunca têm fim.

Cicatrizes que o tempo não apaga,

o preço cruel de um mundo assim.

Talvez um dia as armas se calem,

e as dores parem de nos guiar.

Mas enquanto houver guerra e correntes,

seguimos lutando para libertar.

Leonel Paiva
Enviado por Leonel Paiva em 17/03/2025
Código do texto: T8287585
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