O SEMEADOR
Sai de manhã, bem cedo, não sabe como será.
O dia é só esperança, mas terá que plantar.
O sol inda nem nasceu, mas nele há uma luz.
Sabe que a natureza traz a marca da cruz.
O semeador que sai, bem cedo a semear.
E leva nas mãos enxada e nos lábios canção.
Leva no bolso sementes, vontade de plantar.
Cheio de incertezas, mas tem fé no coração.
ESTRIBILHO
O semeador é fonte de grande inspiração.
Sem saber se vai colher, não deixa de semear.
A vida é um plantio, não perca a razão.
Da lavoura do Bem, semeie a arte de amar.
Às vezes o semeador encara tempo mau.
Leva a chuva na cabeça e cansaço nos lombos.
Traz nos olhos lágrimas, um vazio emocional.
E sofre sonho no peito, co'a enxada nos ombros.
Tem filhos para criar e sementes pra plantar.
Tem terras pra arar e tem lavoura pra regar.
Traz incertezas do tempo, descrença na colheita.
Não sabe do estrago do vento ou mesmo maleita.
ESTRIBILHO
O semeador é fonte de grande inspiração.
Sem saber se vai colher, não deixa de semear.
A vida é um plantio, não perca a razão.
Da lavoura do Bem, semeie a arte de amar.
Nova Friburgo, 04 de março de 2025 (19;35).