"O Estado sou eu"
Um vez, num dia perdido no tempo,
O rei Luís XIV reuniu toda a nação
Para um pronunciamento.
Daí, ele começou a cantar uma canção:
O cara que manda em você toda hora,
E que conta os segundos se você demora.
Ele é aquele que governa o Estado Nacional,
Obedeça-o ou você se dá mal.
Ele tem o poder centralizado
E é o executivo, legislativo e judiciário
O Estado sou eu.
O Estado sou eu.
O cara que é rei sobre tudo e todos,
Desde que ele faça o que todos eles quiserem,
Eles estarão ao seu lado pro que der e vier,
É isso ou então vai na fé,
A burguesia, a igreja e a nobreza rica,
Todos apoiam a sua monarquia absolutista,
O Estado sou eu.
O Estado sou eu.
O cara que é apoiado pelos teóricos,
Que estudam seu governo despótico.
Maquiavel, Hobbes, Bossuet,
Todos eles legitimizam seu poder.
Ele tem os três poderes de Montesquieu
Aconteça o que acontecer,
O Estado sou eu.
O Estado sou eu.
Eu posso não ser o cara certo para você,
Que te faz feliz e que te adora,
Pelo rei, você encara o perigo,
Mas não sou o seu amigo.
O Estado sou eu
O Estado sou eu
O Estado sou eu
O cara que apoia o intervencionismo,
A sua economia é baseada no Mercantilismo,
Para ele não convêm ser amado, mas sim temido,
Foi Maquiavel que disse isso.
Porém, o seu poder é contestado,
No período revolucionário,
O Estado sou eu
O Estado sou eu
O Estado sou eu
O Estado sou eu
O Estado sou eu!
O Estado sou eu