O vinho na taça

Cai a noite, a solidão maltrata,

Fecho os olhos, vejo o que ficou.

Nossos corpos, o vinho na taça.

E as lembranças desse nosso amor.

A saudade preencheu a vaga,

No jardim secreto da paixão,

Quando lembro de você na praça.

Fecho os olhos, sinto a sua mão.

Que me toca com ternura e graça,

Que me leva pro Arpoador,

Me salvando de uma sina ingrata,

Onde eu luto pra sanar a dor.

Chega o inverno, estou jogado às traças,

Esperando alguma solução,

Uma fuga, um sinal de fumaça,

Que me guie nesta escuridão.

Já que a vida é quem dá as cartas,

Eu não vejo outra solução.

Nesta vida de porre e pirraça,

Nosso verbo não tem salvação.

Will Guará
Enviado por Will Guará em 04/01/2025
Código do texto: T8233868
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