Humanos distantes no tempo
(Solo gaita, muda pra uma levada de samba só que com guitarra solando estilo heavy metal, e depois volta para um doom metal psicodélico com pegada inspirado em Atomic rooster, sabbath, Toad e Hendrix,)
Sociedade estranha, essa humanidade
Animais semi-evoluidos, primatas pensantes
De 400 mil anos de evolução, jovem idade
Comparado com o tempo desses andantes
Anos de planeta selvagem
De 4,5 bilhões de anos percorridos
Com abundância e estiagem
Planeta mutante de seres não vistos
Por esses humanos arrogantes
Que se acham os melhores pensantes
Nesse tempo tão grande
Que ninguém garante
Saber com certeza
Dentro de um tempo
de tamanha grandeza
O que já viveu ...
Quantos continentes se formaram
Destruídos ou afundados
Quantos vulcões explodidos
Quantos meteoros já cravados
Nesse solo terrestre
De ciclos constantes
Humanos em febre
Senil dos seus instantes
Criam sociedades estranhas
De guerras e conflitos
Interesses, feitos e façanhas
De seres iludidos
De um querer
Sem saber
Porquê....
Aprisionar-se em cegas crenças
Brigar por diferenças
De saber como viver
(Solo de guitarra)
Vivemos em média 80 90 anos
Pouco tempo pra ver a terra se mecher
Continentes afundar
Permafrost aumentar
Ou derreter
Sociedade poluidora de mares e ares
Humanos cheios de certezas
Que não viu o tempo de milhares
De seres que vieram das estrelas
Humanos com crenças tolas
Com aparência de certezas boas
Se iludindo em guerras e dores
Sofreres, e idiotas pudores
De seres poluidores
Humanos com potencial bom
Mas que não faz som
Pois o tambor da alma não está mais a vibrar
Mas o nosso tambor pode tocar
Se libertar do acreditar
Em perigosas ilusões....
(Solo de contra-baixo com bateria)
Ser livre pra aprender com acerto e erro
Mas também com cognição suficiente sagaz
De quem pensa muito até cedo
Pra não cometer erros que tira a paz ...
Com o si mesmo ser humano aprendendo a vir
De grandes tempos de evolução
Nesse multiverso maluco do existir
De muitas vezes perder a razão
Sem se enganar, não preciso acreditar
Se eu aprender a respeitar
Todo ser que evolui e existe agora
Como ser evoluído de grandes tempos afora
Espécie vivente
De senciente
Inconsciente
Ainda a despertar
Sua mente
Enquanto sente
Todo existir natural
(Solo de guitarra)
Bem maior que qualquer crença tola
Bem mais profundo que qualquer religião
Bem mais sério que qualquer política louca
Mais imprevisível que o humano e sua emoção
É o cosmos a brilhar no céu
Quando as estrelas se alinham
Como as abelhas cultivando mel
Elas se harmonizam
Sem nada mandar ...
Devemos aceitar que todos somos diferentes
De todos os tipos de gente
Que vive em meio a viventes
De um planeta incrível
Que por si só inconcebível
Natureza multipla a existir
Sem ninguém criar
Com muito, muito tempo pra se formar
Sem ninguém controlar
Só as consequências de múltiplas dimensões
A se chocar ...
A todo instante de tempo
Em todo lugar
Múltiplos infinitos a existir ...
Nesse lugar ...
De terra que é apenas um planeta
Nosso amado lar que se assola
Por um humano careta
Que não respeita o que tem fora
De seu próprio ego cego e iludido
De sua gana que o faz perdido
De saber o que é real ...
Mas filosofando sobre o que nos torna alguma merda
É quando agente acerta
Em ser livre pra ser a melhor
versão de nós mesmos
E não a pior
De crenças e medos
Nesses infinitos múltiplos cosmos que já existiu....
(Solo de guitarra e depois finaliza com solo de bateria com viradas de samba com doom metal pesado)