CORAÇÃO LEVIANO

Como saio da mais triste enrascada

não sou homem de coração leviano

amo apenas a mulher que me pareceu uma fada

não perco tempo com aventura ou engano

Porque o tropeço é pior na rua molhada

pelas lágrimas jorradas do sonho estranho

nunca mais a cor da manhã de alegria passarinhada

cabisbaixo desço a escada da escuridão sem nenhum plano

Rasguei da memória as fotos passadas

levo no peito o sangue escorrendo ganhos

que o tempo vestiu de falência amargurada

a partilha me deixou o chapéu vazio e o violão fanho