Tolas expectativas de saber
(Tem um riff estilo sabbath que eu ponho uma pegada leve de blues e uma distorção bem marcante e sombria ora lembrando metallica nos primórdios ...)
Se eu tivesse uma nave a escolher
Ela seria prateada, e em disco a ser
Veloz com antigravidade a rasgar o céu
Se fosse um skin-walker norte-americano
Aquele ser esguio que vive metamorfando
Sugando gados, e se escondendo ao léu
Se me transformasse em um urso a procurar
Caminhos na floresta que tanto amar
Sem maldade provando o mais delicioso mel
Com amanita, o cogumelo sem fel ...
(Solo guitarra)
Ocultismo silencioso
Barulhento conveniente
Sociedade de engenhoso
Específico tipo de gente
A simplificar o viver
Sonhar e não se esquecer
Da realidade que está a bater
Na nossa cara a dizer
Que o espaço tem tanto a fazer
Universos infinitos a gerar o ser ...
Tempos de bilhões
Quiçá trilhões
Que não tem os grilhões
Do agradar aos humanos
Nem convencer nossos enganos
Somos primatas que vagamos
Ainda a desconhecer os anos
De tanto existir
Quantos anos levam pra formar uma montanha?
Que o sol nasce no leste quando essa façanha
Vem da terra girar em si e em sua estrela estranha
Que chamamos de sol ...
E eu toco em si bemol ...
(Solo de gaita distorcida)
Nos relacionamos de tantas formas
Mas tem tantas ruins
Mas quem caga regra e dita tolas normas
Merece um soco nos rins
Por causar sofrer
Onde deveria ter tanto prazer
De viver, de sonhar e conquistar seu ser
Mas é melhor não
Lidar com a emoção
De forma a violentar o carma
Usar a razão
Respirar com pulmão
E aprender a ter calma
Se aprende a aprender
A expandir seu perceber
Usando ou não thc
Só cuide do saber escolher
Pra aprender a viver
Cautela com o lsd vindo do fungo
É uma ferramenta pra outro mundo ....
(Solo guitarra)
A dança entre galáxias, mistérios astronômicos
Explorar e com controle de mim tomar enteógenos
Me vestir preto, vermelho, tiro sarro de satânico
Para aos tolos zoar ....
Pois não aprendem
Que se alguém criou um punidor
Um Satanás, que julga a dor
Que almas causaram
Que tentaram tanto terror
Numa ilusão, num torpor
Escapar com orações
Pedir perdões
Por todos corações
Que já feriu com violenta insistência louca
Que a fé que corrompe o bem da alma
Seja qual fanatismo for, não é coisa boa
não confunda fanatismo com convicção com calma
Não funcionará o perdoar
A não ser ao ferido se recuperar
Pra aprender a ser feliz
E o outro parar de insistir
Cuidar do próprio nariz
Sem causar sofrer
E seu carma corrigir ....
A não ser que seja que Satã
que o verdadeiro em seu afã
Aquele além do cristianismo
Que está presente em outras tradições
Que existe na mitologia de várias gerações
Mais que o monoteísmo....
Está presente até no xintoísmo ...
Até no xamanismo...
Ele não é o mal e nem o bem
Satã é o ser que se opôs aquém
Dos tolos deuses únicos...
Mas diabo e deus são conceitos infantis
Limitados por sentidos vis
Que ainda a gana é o chafariz
De líquidas ilusões...
Se podemos liberar o poder desconhecido de nós mesmos
E vivermos mais livres, conscientes e com seus enredos
Escritos por nós mesmos ...
A descobrir novos meios ...
De que tem possibilidades
De muitas coisas que não sabem
Estarem na cara de todos na sagacidade
De seres preparados que trazem
Conhecimentos inimagináveis a nós
Que mesmo com nossa ciência mais moderna
Não entenderíamos tão facilmente a sós
Um pouco de toda existência que hiberna
Na profundeza do universo
Onde nenhum telescópio mal alcança
Que provável multiverso
Espreita a descoberta de uma perseverança
Em aprender ...
Magias alienígenas
Pra alcançar
Como ciência
Com paciência
A perguntar
O que tem depois dali ....?
Que magia posso descobrir ....?
Que coisa nova aprender ...?
Qual ciência nova investigar ...?
O que tem onde não vi?
Você devia também se perguntar
O que não sabe desse existir
A superar e impressionar e talvez assustar
Suas tolas expectativas a ruir...
Você devia se perguntar ....
(Solo de bateria, depois guitarra e repete a última estrofe e termina)