Caramelo Sem Casa
( Poesia Melodiosa - IA - HH003 ).
A lição da vida, não está limitada somente aos ser racional, definida pelo supremo, em técnicas aplicadas e estudadas.
Vem de longe, mas observada, nos dias de hoje, da perspicácia animal, pela cultura em aprendizado, para estar no meio.
Têm os que seguem fielmente o destino, no caso o cão domesticado, no seu modo carinhoso e cuidadoso, tendo por zelo ao seu dono, condicionado.
Mas o inverso é recíproco, e quando sai da linha da raça, vida torta, sem as regras no trato, tem o prazer exagerado, de praticar o mote do seu manual.
Ocorria na vila, vindo de um desmiolado Caramelo, desvirtuado da fama, conhecido barbaridade, das escolhas erradas, sem ater-se com seus modos e medidas.
Bicicletas, carros, motos, pessoas desavisadas, parceiros, aves, passarinhos, vítimas dos avanços, dos rosnados, dentes cerrados, das suas cartadas.
Mas para tudo tem um fim certo, e lá ele, perfeito dia, determinado e tranquilo, convicto que mais um distraído, sairia do local, desenxabido do imprevisto enleio.
Não imaginava que em pouco tempo, a hora da aula viria, bem simples de tomar nota, algo inesperado de grande valia, e de contenção daquele talento deslocado.
O carro veio, velocidade amena, ao mesmo compasso o Caramelo na robusta investida, abertura na janela, um latido grave, feroz, vieram de dentro, um susto e a paga, fugindo até a cor, e um grito escomunal.
Som dos ganidos espalhando-se ao longe, curto espaço do tempo, mas de solução e sossego, pois até onde se sabe, não mais se viu, nem mais se ouviu queixas, às práticas costumeiras, daquelas atitudes descabidas.