Atemporal
Meu bem,
Abra para mim a janela.
Acabou a luz,
Mas não tem problema, acenderei uma vela.
Não quero perde-la de vista,
Hoje, como de costume, você está linda!
Ó minha amada!
Vamos abrir a janela,
Contemplar a chuva, o cheiro de barro molhado.
O silêncio ensurdecedor,
A paz interrupta...
Ó minha amada!
Vê os vizinhos na rua, acolhendo os outros?
Isso é belo de se ver!
Pra você pode parecer banal mas a atitude de todos, mesmo que seja pouco,
Acalenta o meu coração.
Ó minha amada!
Vamos nos deitar em nossa cama!
Não quero que fique resfriada a pessoa que me ama.
Nossa cama é nosso ninho!
Se acalme meu amor, os trovões não lhe farão mal,
Eu estou aqui, sou eu contigo.
Na escuridão a gente nem se enxerga,
Mesmo assim, nem precisa, pois, a minha alma e a sua se conecta.
Ó minha amada!
É uma eterna dança de salão, é um carnaval!
Animal voraz! Esse nosso amor.
Piruletas desastradas,
Peças que se encaixam ao acaso.
Ó minha amada!
Nessa vida eu não levo nada,
Senão o meu grande amor por você!
Todos sabem que louco,
Não preciso de bebida, só o seu beijo já me deixa tonto.
Pra quê riqueza e fama?
Se já basta saber que você me ama!
Ó minha amada!
Só fala baixinho,
Pra não acordar os vizinhos.
Cala a boca e me beija,
Porque eu quero te amar em frente a lua cheia.
Se amarre a mim e pelo amor de Deus, não me larga!