VEREDAS

Por essas veredas

Quantas incertezas regem o vento?

Quantas pegadas perdidas nas estradas?

Quantos meninos descalços estirados,

E nem mesmo o sol consegue levantá-los?

Já estão livres da dor, do ócio e da fome.

Quantos becos se entrelaçam

Em meio à escuridão da noite?

Quantos perrengues dissonantes

Bem próximos às metrópoles?

São meninos, senhoras e senhores,

Reféns do tempo e da condição,

Amarrados numa corda invisível do “não”,

Muitas vezes acolhidos por alguma força maior.

De lá veem grandes edifícios,

Daqui grandes sacrifícios.

De um lado, um lado crendo soberano,

Daqui, a grandeza de buscar felicidade em pequenos indícios.

Me diz, quem realmente é feliz?

Qual dessas felicidades sustenta?

São humanos tão perto e distantes,

Separados, enxergando o mesmo horizonte.

Júnior Custtódio
Enviado por Júnior Custtódio em 25/09/2024
Código do texto: T8159529
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