RESQUÍCIO DE LEMBRANÇAS
Se cai lentamente o luar sereno
Nas noites perdidas de sonhos
São como o orvalho suave
Que jorra das nuvesns solitárias
Em cada anoitecer gelidamente
Esquecido pelo tempo apagado
As noites se passam como bruma
Deixando um vazio entristecido
Da pessoa que amamos
No lugar do amor, a vaidade
No lugar da alegria, a saudade
Onde mora em nós a tempestade
A solidão jaz fria e profunda
A conversa morre no final
Onde a solidão sempre fecunda
Nos trazendo para o mundo real
É a falta de tudo que nos fazem
Vivermos esta vida tão banal
A alegria morre sempre no fim
Trazendo como herança
A morte intríssecamente
Onde finda toda a esperança
De que um dia seria diferente
Para todo mundo será sempre assim
Resquício de uma lembrança em mim.