Um blues para mim mesmo
Sou um teimoso carente
Lutando pra vencer a mim mesmo
Na procrastinação exigente
De uma preguiça mental, a esmo
Lamento um blues indignado
Minha carência artística
Por errar ao ficar parado
Portando uma consciência ativa
Sou meus atos do agora
Tocando um blues do indiferente
Faço minha própria hora
De acordar meu lado diferente
De empolgação existencial
Criativa emoção intelectual
Todos temos egos oscilantes
Ora o vê como merda fedida
Ora como reluzente diamante
Ora no equilíbrio da ferida
Do atrito de viver
De ser uma arte caótica
Um heavy metal de bom gosto
Ou um blues espirituoso
Ser bom em algo ou ser natural
Até atingir o fluxo existencial
Da criatividade de todos seres biológicos
Vivendo seus prazeres e sofreres sociológicos
Ninguém é igual a ninguém
Em certos contextos
A males e bem
Em certos contextos
A melhores e piores também
Apenas em certos contextos
Mas não há deuses
mas há o desconhecido
Todos, mesmo não querendo
Somos todos confusos
Onde crenças deturpam
Enviesam o ego a apodrecer
Onde a fé mata a compaixão
Até a inteligência desvanecer
Não compactuo com certas opções
Nessas infinitas confusões
Como um bruxo panteísta
Que é ateísta
A egos supremos
Não apenas pela lógica falha ou irracional
Nem apenas pela óbvia egocentricidade
De um suposto deus unico do bem ou do mal
Ou é pela infinitude que não existe tal atrocidade
Mudando sua perspectiva da realidade
Explodindo sua mente para a multiplicidade
(De um blues a musica muda para um doom metal com uma pegada de blues, sombria e pesada)
Ou são infinitos deuses espalhados
ou um completo vazio de deidades egoicas
Pois precisamos de coragem
Pra viver e construir
Como animais tolos e covardes
Criamos deus pra fugir
Do medo do desconhecido
De estar iludido, ao contemplar o infinito
(Volta ao blues)
Eu carente de minha arte
E de me expressar
Crio meios próprios
Para me superar
Eu não tenho religião
Mas sigo meu coração
Eu não acredito em deus
Mas sinto emoção
Eu discordo de muita coisa
Mas não reajo sem pensar
Eu não gosto de ferir ou causar sofrer
Mas sou contra a ser obrigado a perdoar
(Volta ao doom metal)
Quem feriu profundamente
Usando o desconhecido
Como muleta e como um demente
Sedento por seu ego caído
Sou da paz, mas minha guerra é profunda
Contra ignorâncias de mim mesmo e alheias
Contra aqueles que se afundam em tolas certezas
Num mundo de humanos que são animais tolos
Que ousam criar um deus pra adorar suas fraquezas
Cuidado!
Fique atento
As vezes confiar demais no acaso
É muito perigoso e cruel
Cuidado!
Não cause sofrer
Pelo crer .....
Temos que socializar
E conviver
Por isso vou cantar
Pra te dizer
(Repete:)
Ninguém é igual a ninguém
Em certos contextos
A males e bem
Em certos contextos
A melhores e piores também
Apenas em certos contextos
Mas não há deuses
mas há o desconhecido
Todos, mesmo não querendo
Somos todos confusos
Onde crenças deturpam
Enviesam o ego a apodrecer
Onde a fé mata a compaixão
Até a inteligência desvanecer
Não compactuo com certas opções
Nessas infinitas confusões
Como um bruxo panteísta
Que é ateísta
A egos supremos
Ou são infinitos deuses espalhados
ou um completo vazio de deidades egoicas
Pois precisamos de coragem
Pra viver e construir
Como animais tolos e covardes
Criamos deus pra fugir