Nas entrelinhas do tempo

As minhas novas descobertas foram escritas há mais de 60 anos atrás

O meu novo andar é tão velho que já não olha pra trás

Eu vivo entre a poesia e a imaginação

Que as minhas novas ideias são fantasmas presos no porão

E no silêncio das palavras, escuto o eco da razão

Vejo o futuro no passado, em cada sonho, uma lição

Caminho sem destino, entre o real e a invenção

Onde a verdade e a mentira de braços dados em União.

Me assopram sugestões que ninguém faz.

Me dizem que o passado é o futuro que não existe mais

Nas entrelinhas do tempo, eu insisto em caminhar,

Mesmo que o presente imite o passado e insista em me enganar.

Agora sigo em frente, sem olhar pra trás,

Pois a frente está o passado e do futuro não se lembram mais.