Infinito

Sabe, amor..

Eu não sei te explicar como o incrível me parece natural

Ou como o inédito pra mim é coisa do passado

Também não sei formar palavras pra lhe contar das imagens que me assombram

Ou como eu sei que o futuro será vivido por todos nós de novo

Eu só sei dizer que sinto um paradoxo entre a arrogância e o medo de saber

Entre a ignorância e o ser

Eu só sei dizer que essa não é a primeira vez que somos eu e você

Todo esse barulho é constante e ensurdecedor

Mas ele cessa naquele infinito instante em que vc me abraça com os olhos

Outros dias seremos nós de novo

E de novo, e de novo

Talvez mais conscientes.. talvez não

Talvez a benção seja não entender

Mas ainda seremos eu e você

Sua resiliência não irrita minha alma inquieta

Sua resiliência me faz sentir segura

Porque eu sei que sua alma antiga sabe onde estamos

E também pra onde vamos

Todo esse barulho é constante e ensurdecedor

Mas ele cessa naquele infinito instante em que vc me abraça com os olhos