Cidadão

* Autor: Lúcio Barbosa | Intérprete/Cantor: Zé Geraldo

Tá vendo aquele edifício moço? Ajudei a levantar

Foi um tempo de aflição Eram quatro condução

Duas pra ir, duas pra voltar

Hoje depois dele pronto

olho pra cima e fico tonto                               

 

 

 

 

Cidadão

 

Autor: Lúcio Barbosa | Intérprete/Cantor: Zé Geraldo

 

https://www.vagalume.com.br/ze-geraldo/dando-milho-aos-pombos.html

 

CIDADÃO MÚSICA DE LÚCIO BARBOSA

Procurando informações sobre o autor da música cidadão que muita gente pensa ser de Zé Ramalho ou Zé Geraldo, encontrei em um blog muitas curiosidades a respeito do verdadeiro autor desta música tão rica e bela. Esta música foi apresentada em um festival pelo próprio autor Lucio Barbosa mais ou menos em 1978.

 

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A música da vez: Cidadão, Ze Ramalho.

sábado, 13 de

 

Oii pessoal, encontrei a análise dessa música entre as minhas navegadas pela net e achei interessante postar aqui, é a atual música que abre com nosso blog.

Confiram:

A música “Cidadão” foi composta na década de 70 pelo poeta baiano Lúcio Barbosa, em homenagem ao seu tio Ulisses.

Ela narra a saga de um eu-lírico que trabalha como pedreiro, mas em razão da sua condição humilde, não pode frequentar nenhuma das obras por ele construídas. A inspiração veio do fato do tio também ser pedreiro, ter construído inúmeras obras na cidade grande, mas não possuir casa própria.

É uma música forte que aborda o preconceito e a discriminação que os nordestinos sofrem nas grandes cidades e faz referência a alguns problemas sociais, tais como moradia, educação e trabalho.

O título “Cidadão” é proposital para demonstrar distanciamento entre os indivíduos privilegiados, em pleno gozo dos direitos civis e políticos, ou no desempenho de seus deveres para com o Estado, e demonstra que a sociedade burguesa pode ser muito cruel, quando não considera as pessoas pobres como “cidadãs”.

Nas duas primeiras estrofes o Eu-lírico cita sempre a presença de um “cidadão” que o proíbe de entrar nos lugares, mas, na verdade, ele próprio não é capaz de enxergar-se como cidadão. Ou seja, em sua cabeça, o “cidadão” que o proíbe está em pleno gozo de seus direitos civis, e a ele, como cidadão excluído, cabe desempenhar os deveres para com o estado.

Sentindo-se excluído, cita outra faceta comum de infortúnio que cerca os desprivilegiados: a falta de lazer e o alcoolismo (“meu domingo está perdido / Dá vontade de beber”).

Ele também faz questão de incluir as pessoas de seu universo social também como seres excluídos (“minha filha inocente, vem pra mim toda contente…”) e mostra o preconceito entre os “Brasis” rico (sul) e pobre (norte) usando os advérbios “lá” e “cá” (Lá a seca castigava… / Aqui não pode estudar…).

Na última estrofe o poeta, como bom nordestino, demonstra toda a fé que deposita no filho de Deus, pois o considera também excluído pela sociedade. Nesta estrofe ele faz questão de não usar o termo “cidadão” para enfatizar que, como ele, Cristo também serviu (“fui em quem criou a terra, enchi os rios, fiz a serra…”) e a maioria dos “cidadãos” também virou-lhe as costas (“e na maioria das casas eu também não posso entrar.

 

(Sérgio Soeiro)

 

Fonte: http://analisedeletras.com.br/ze-ramalho/cidadao/

 

http://pequenaantropologa.blogspot.com.br/2011/08/musica-da-vez-cidadao-ze-ramalho.html

 

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A música é de autoria do compositor Lúcio Barbosa e foi gravada originalmente em 1979 por Zé Geraldo. Zé Ramalho só veio a gravá-la muito mais tarde em 1992.

 

 

 

 

 

 

 

Milho aos pombos – Zé Geraldo

10/09/2010

 

Intérprete – Zé Geraldo | Compositor – Zé Geraldo | Ano de divulgação – 1981 | Álbum – Zé Geraldo

 

letra e música – http://letras.terra.com.br/ze-geraldo/299869/

 

“Isso tudo acontecendo e eu aqui, na praça, dando milho aos pombos”

 

Milho aos pombos é uma canção que fala da forma como as coisas acontecem e nós não fazemos nada para impedir. Enquanto ocorrem guerras, batalhas, fome, o ser humano não se preocupa com tudo isso, apenas com si próprio, assistindo a tudo sem fazer nada para prevenir ou impedir.

 

Todo mundo reclama do preço do arroz, do feijão, do aluguel, mas ninguém procura saber porque isso está acontecendo, muito menos tenta conter os acontecimentos.

 

Zé Geraldo é da linha de compositores que utiliza a música popular, simples, muitas vezes acompanhada apenas de um violão e de uma gaita, para falar sobre o cotidiano, a vida e o amor. Milho aos pombos é uma crítica direta às pessoas que reclamam do que acontece, mas não fazem nada para que ocorra uma mudança.

 

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No ano de 1978, após insistência de sua esposa, inscreve uma música no festival promovido pela Ericsson, em São Paulo. Alcança o primeiro lugar e é visto pelo produtor Romeu Giosa, com o qual tenta entrar em contato, porém sem sucesso. Um mês depois, participa do Festival de Ilha Solteira com a canção "Promessas de um idiota as seis da manhã", de onde saiu vitorioso. Durante este festival, conheceu o compositor Lúcio Barbosa, segundo colocado. Lúcio então lhe mostrou a música "Cidadão". Zé Geraldo ao ouvir essa canção, se emocionou e pediu para que o deixasse gravá-la, pois já estava em negociação com a gravadora CBS. Através dela foi reconhecido nacionalmente e até hoje, esta música segue sendo sua marca registrada. Romeu Giosa, então produtor da gravadora, o convidou para gravar o primeiro disco ("Terceiro Mundo", lançado em 1979).

Decidiu então abandonar a carreira de executivo de RH e abraçar a carreira artística.

Nesse mesmo ano nasce a segunda filha, Aniela (a cantora e compositora Nô Stopa).

Em 1980, participa do festival MPB Shell com a música Rio Doce, e é elogiado por Luiz Gonzaga pela composição. Zé Geraldo explica: "Eu não fui premiado, mas o Luiz Gonzaga, quando foi entrevistado, em Recife, disse que o melhor da noite do festival tinha sido eu cantando a música “Rio Doce”. Aquilo me marcou".

No ano seguinte, participa do mesmo Festival, realizado pela Rede Globo, colocando "Milho aos pombos" nas finais, e tendo a partir de então ainda mais reconhecimento popular devido ao grande alcance do evento.