Majestosa gameleira

Hoje vendo está foto voltei ao passado e resolvi escrever sobre este lugar.

Em frente à casa da fazenda dos meus avós, erguia-se majestosa uma gameleira imponente, com seus galhos longos e tronco robusto. A árvore era um símbolo de força e resistência, oferecendo uma sombra acolhedora e um refúgio tranquilo para todos que passavam por ali. Embora não tivesse flores coloridas, sua presença poderosa deixava uma marca indelével na paisagem da fazenda. As manhãs na fazenda começavam com o canto dos pássaros e o aroma do café fresco. Mas era a visão da gameleira que sempre nos trazia a certeza de mais um dia de diversão. Sob sua sombra, passávamos horas a inventar brincadeiras. Seus galhos sustentavam gangorras, serviam de passarela para os mais ousados. Ali os mais velhos compartilhavam histórias e risadas. A gameleira parecia uma guardiã silenciosa, suas folhas sussurrando ao vento como se compartilhassem segredos do tempo. A meninada adorava brincar ao redor da árvore, escalando seus galhos baixos e explorando os segredos escondidos entre suas raízes expostas. A gameleira era nosso castelo, nossa fortaleza. A árvore oferecia uma sensação de segurança e liberdade que só a infância pode proporcionar. Mas como tudo tem um fim, tudo foi se acabando. Nossos avós se foram, e tudo começou a ruir até que em um dia fatídico, nossa majestosa também sucumbiu, sobe chamas ardentes de um fogo implacável. O crepitar das chamas engoliu a madeira seca, e a gameleira, que por tanto tempo havia sido um símbolo de vida e permanência, foi consumida. A visão da árvore em chamas, suas folhas transformadas em cinzas e seus galhos outrora robustos agora retorcida

No coração da fazenda, gigante e serena, erguia-se a gameleira, centenária e serena.

Seus galhos frondosos, como braços em leques, acolheram a todos, em suas sombras frescas.

(Refrão)

Testemunha de histórias, de amores felizes, guardava segredos, em seus troncos e raízes.

crianças brincavam, sob sua sombra amiga, casais apaixonados, em sua lua antiga.

Mas um dia, a maldade, com fogo cruel, transformou a gigante, em cinza ao leu, chamas dançantes, devoraram sua vida, deixando a fazenda vazia, ferida e sentida.

(Refrão)

Testemunha de histórias, de amores felizes, guardava segredos, em seus troncos e raízes

Mas a gameleira vive, em nossas lembranças, em cada folha verde, em cada esperança. sua força e beleza, jamais serão esquecidas

Refrão)

Testemunha de histórias, de amores felizes, guardava segredos, em folhas e raízes

Testemunha de histórias, que nunca se apagara, em nossos corações,

seus segredos guardarão das crianças que brincaram sob sua sombra eterna, e dos casais que se amaram, em sua luz serena.

Mateus Mariano
Enviado por Mateus Mariano em 21/07/2024
Código do texto: T8111446
Classificação de conteúdo: seguro