Quando Nasço

Eu nasço nas alvoradas

Quando o sol me convida para a dança,

E se despedem mansas as madrugadas

Presenteando a estrada com orvalhos de esperança.

Cada dia é um parto de luz e vida

Onde tudo se refaz, onde tudo se recria,

Cada dia é uma obra de arte desconhecida

Que muito inspira, que muito ínicia.

Quantas vezes mesmo eu renasci?

A contagem, agora, não é tão importante,

Sei que até num poema de Rimbaud que li

Outra vez me fez nascer naquele instante.

Aquilo que não acaba se expande

Tanto que precisa romper algum limite,

Saltando da redoma de já pouca claridade

E vindo novamente à luz mais consciente.

Quantas vezes mesmo eu renasci?

A contagem, agora, não é tão importante,

Sei que até num poema de Rimbaud que li

Outra vez me fez nascer naquele instante.

William Contraponto
Enviado por William Contraponto em 07/07/2024
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