Quando Nasço
Eu nasço nas alvoradas
Quando o sol me convida para a dança,
E se despedem mansas as madrugadas
Presenteando a estrada com orvalhos de esperança.
Cada dia é um parto de luz e vida
Onde tudo se refaz, onde tudo se recria,
Cada dia é uma obra de arte desconhecida
Que muito inspira, que muito ínicia.
Quantas vezes mesmo eu renasci?
A contagem, agora, não é tão importante,
Sei que até num poema de Rimbaud que li
Outra vez me fez nascer naquele instante.
Aquilo que não acaba se expande
Tanto que precisa romper algum limite,
Saltando da redoma de já pouca claridade
E vindo novamente à luz mais consciente.
Quantas vezes mesmo eu renasci?
A contagem, agora, não é tão importante,
Sei que até num poema de Rimbaud que li
Outra vez me fez nascer naquele instante.