Primavera
Fim de tarde vem à noite, o sol se pôs distante.
Que saudade de você, veja a foto na estante.
Me debruço na janela, a noite está terna,
eu ainda conto os dias, já se fez uma primavera.
No assoalho ainda estão as alparcas que eu te dei..
A choupana está vazia, seus pertences eu não guardei
Na varanda eu vejo a rede, aonde está o seu tapete...
Esqueceu o seu alforge, deve estar com fome e sede.
Como as pétalas vão dos lírios, por onde é que anda o meu filho?
A vaidade é perigosa, ela ofusca com o nosso brilho.
Não me engano, o amor não engana, sei que a sua saudade é tamanha.
Sei que logo você voltará, como a primavera há de chegar, e outra vez vou te abraçar, pra a primavera contemplar.