Fui caipira

Eu colhi fruta no pé...no pomar do meu avô.

Eu comi milho cozido...plantado com seu suor.

Eu cherei muitas roseiras que minha mãe por lá mantia..

Nos pastos todo cercado Eu andava todo dia.

Eu tive meus extilingue...eu cortei muita forquia...

Nas caçadas com meu pai...A caça eu recoia.

O anhambu e o carijó...Os porco sevagem eu via.

O meu pai quando atirava não errava a pontaria.

Saudade mata...saudade mata...

Aí que vontade essa vida é ingrata.

O que passou...foi bom demais...

Lá na fazenda...eu criança com meus pais.

Saudade mata...saudade mata...

Aí que vontade essa vida é ingrata.

O que passou...foi bom demais...

Lá na fazenda...eu criança com meus pais.

Tinha açude na fazenda...eu nadava de braçada...

Chutava bola de meia e na lagoa eu pescava.

As vacas de manhãzinha...O meu pai leite tirava...

Na caneca com café...leite da vaca ponhava.

Lá na roça todo dia...A marmita lá chegava...

O cheiro sentia longe...A minha mãe não atrasava.

Comia carne de porco...daqueles que põe na lata.

Ei ainda sinto cheiro...A memória me matrata.

Saudade mata...saudade mata...

Aí que vontade essa vida é ingrata.

O que passou...foi bom demais...

Lá na fazenda...eu criança com meus pais.

Saudade mata...saudade mata...

Aí que vontade essa vida é ingrata.

O que passou...foi bom demais...

Lá na fazenda...eu criança com meus pais.