FERREIRO ISIDORO

Finado ferreiro isidoro Filho do velho polaco Adão Herdou do próprio pai

A milenar profissão Vinda de tempo remotos La da era do povo filisteu Forjam lanças e adagas

Pra combater os hebreus

Foi este rude serviço

Que isidoro foi aprendendo

Olhando o seu velho pai

O ferro bruto moldando

Na memoria foi gravando

O jeito que o seu pai fazia

Que o oficio de ferreiro

Era tudo que ele queria l

La no fundo de um corredor

O galpão velho desabado Sonbreado de cinamomos

O oitão já descarnados Pelas goteiras do tempo Testemunhando o passado

Onde tudo foi o começo

Do aço e do ferro forjado

o O fole a sopra os gravetos

Enfumaçando o galpão

Aos poucos aviva as brasas

As labaredas no carvão Na forja caldeando o ferro

Pro molde sobre a bigorna Acada golpe do malho O ferro bruto toma forma

O ferreiro apruma o braço Com certera precisão

Os olhos já encandeados Pelos anos na profissão Baixa o fole sobe o fole

Assopra as brasas do carvão

Faíscas acesas que bailam

Sobre os caibros do galpão

No tinido da bigorna

E no repique da marreta

No antigo rito campeiro

Caldeá a chapa pra carreta Molda o ferro dobra o aço Da a templa no machado Faz a inchada o fio da faca

Forja as ponteira pro arado

ZECA DIVINO
Enviado por ZECA DIVINO em 29/03/2024
Reeditado em 01/05/2024
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