Meu Abrigo
Não vejo nada que faça eu me mover daqui
promessas, palavras, coisas demais que eu já ouvi
Nem o seu rosto bonito pode fazer isso comigo
me vira do avesso, confesso, que fico meio esquisito
Mas não me vendo nem por dinheiro, seja ele bendito ou maldito
Chega de conversa que eu não entro nessa, mesmo não tendo juízo
Aqui eu me isolo e nem olho pra tudo que já se passou
Meus pés estão no solo, me aqueço debaixo do meu cobertor
E o seu corpo definido não mexe com minha libido
É certo que fico sem jeito, mas não quero nem pensar nisso
Não me entrego por inteiro e pra você nem metade eu consigo
Mesmo que me peça, já não me interessa
A solidão, agora, é meu abrigo