UMA MALA DE VERSOS

Com sua licença patrão Permissão pra apear

Venho de muito longe. Um tempo pra descansar

Cortei caminhos, atalhos Pra Pra tempo de aqui chegar

Trago a mala cheia de versos E a garganta pra cantar

E a guitarra afinada Pra uma milonga campeira

Depois da desencilha

Folgar o jugo das basteiras E tirar o suor do lombo Com água fresca da cachoeira Atiçar as brasar mornas

Pra aquecer a chaleira

No ritual xucro da lida Dos costumes da fronteira Como como manda o catecismo Da liturgia campeira Que o gaúcho sempre preza

na eterna hospitalidade o amor ao próximo e a terra

E o conceito de liberdade

Vivencia num campo largo Sem tapumes concretado Como viveu o homem antigo No seu remoto passado É o sonho de um cristão Nesta silenciosa guerra Sem um cantinho pra morar

Com tanta extensão de terra

ZECA DIVINO
Enviado por ZECA DIVINO em 19/02/2024
Reeditado em 01/05/2024
Código do texto: T8002054
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