INDIGENTES, FOME ZERO !
"Essa é uma poesia social!
Retratando a dificuldade do nosso povo pobre"
Valdir Rangel
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A fome fala alto
Nos roncos dos estômagos
As pernas cambaleiam
Sambando em tombos
Esse é o mundo real
Não estou sonhando
São tantos com pouco
São poucos com tanto
Fome zero,
somente uma vez por ano...
Não há divisão de pães e peixes, carinhos e ajuda de socorro
Esse é o mundo real
Nada estou inventando
Nas esquinas as necessidades
Correm, pedindo acelerada
Nas mãos entendidas
Nos semáforos e calçadas
Implorando um trocado qualquer
Para alimentar
as bocas mal alimentadas
Fome zero
Somente uma vez por ano
É a multidão do sufoco
Atrás do pouco e do nada
Até onde essa corda, será esticada,
Se já estar por um triz,
para ser arrebentada
Essa é a vida, em tempo real
Sem comida sem mesada
Sem esperança alguma
Na corda bamba balançada
Fome zero
Somente uma vez por ano