ESTRADA DE ESPINHOS DO NOSSO BRASIL
Nas garras da fome caiu nossa tribo
A ganância do homem feriu nossos filhos.
Sem terra e remédios nossos índios sofrem,
Na cidade, os prédios, de luxo se cobrem.
Pelos curumins doentes Galdino seguiu,
A estrada de espinhos do nosso Brasil.
Deixou no caminho as gotas do seu suor,
Levou o carinho da tribo, o índio Pataxó.
Pela alma de Galdino, peço que Deus nos ajude,
Proteja os nossos índios, ó Virgem de Guadalupe.
Pelos nossos curumins que morrem de desnutrição,
Peço MÃE APARECIDA a vossa intercessão
Que esta nação MÃE querida tenha compaixão.
À frente do palácio, em Brasília ele chegou;
Seu corpo estava cansado, num banquinho ele deitou.
Quando descansava, vieram homens sem coração,
Seu corpo foi queimado, sua alma não mataram não.
Galdino sentiu que esta seria sua missão,
Morrer por amor, pra salvar os seus irmãos.
A morte do índio virou manchete dos jornais,
O seu corpo foi velado pela tribo e pelos ancestrais.
Pela alma de Galdino, peço que Deus nos ajude,
Proteja os nossos índios, ó Virgem de Guadalupe.
Pelos nossos curumins que morrem de desnutrição,
Peço MÃE APARECIDA a vossa intercessão
Que esta nação MÃE querida tenha compaixão.