Aprendizagem
Da própria casa ele sempre estava ausente
Quando aparecia, se não aparecesse, seria bem melhor, a família teria paz
Numa chácara ,herança dos pais , ele vivia
E refez sua vida com outra família
No dia do seu velório ,muitos contam emocionados (as), o que fizeram juntos
E dos seus olhos lágrimas de saudosas lembranças escorrem
Enquanto os órfãos de pai vivo
Poucas coisas pra contar. Mágoas ou memória preservada?
Herdou a chácara do pai, fez doação da casa dos seus pais para o filho mais velho,e construiu outra casa.
Na sua casa, uma mesa grande na cozinha , avarandado, cachorros, ...
Será que se ele sentisse a dor da vida de filhos criados sem pai seria diferente?
Ou a indiferença doeria mais?
Restam inquietações
E triste memória de decepção
Após a morte, sentem falta dele
E quem acostumou com sua falta? Faz o quê?
Embora a vida tenha causado dores , o sofrimento da doença instalada, amadurece a alma, de quem acompanha o processo. Um fim de rota marcado por dores, despedida marcante, e ensinamento importante: ninguém está livre da morte e das experiências de dores e sofrimento, seja bom ou ruim. Sofrimento é humano.