RIO GRANDE GINETE
Conheço este Rio Grande
Cada palmo deste chão
Tropeando amansando potro
Pelos pagos do rincão
Fui capataz e posteiro
Cuidando da criação
Sou guardião desta raça
Montado num redomão
Me sinto sobre um trono
No lombo de um caborteiro,
Nos olhos carrego imagens
Do verde destes potreiros
De um xucro corcoveando
Se perdendo campo a fora
E a vida fica só apresilhada
Num tento e um par de espora
Cada golpe divide a distancia
Entre o lombo e o chão
A morte ronda o ginete
Ao soco de um redomão
O sangue pulsa mais quente
Nas artérias do coração
Mais um taura que se garante
Nunca afrouxa o garão