RIO GRANDE GINETE

Conheço este Rio Grande

Cada palmo deste chão

Tropeando amansando potro

Pelos pagos do rincão

Fui capataz e posteiro

Cuidando da criação

Sou guardião desta raça

Montado num redomão

Me sinto sobre um trono

No lombo de um caborteiro,

Nos olhos carrego imagens

Do verde destes potreiros

De um xucro corcoveando

Se perdendo campo a fora

E a vida fica só apresilhada

Num tento e um par de espora

Cada golpe divide a distancia

Entre o lombo e o chão

A morte ronda o ginete

Ao soco de um redomão

O sangue pulsa mais quente

Nas artérias do coração

Mais um taura que se garante

Nunca afrouxa o garão

ZECA DIVINO
Enviado por ZECA DIVINO em 26/11/2023
Reeditado em 30/03/2024
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