PRISÃO DO SILÊNCIO...
Nada me convém, nem mesmo o apagar dos rastros,
Pois a pele não detém a minha mente em pedaços,
Finjo que está tudo bem, por dentro o mesmo estrago,
Será que não existe alguém fugindo também deste asco?
Vida é sol...
Vida é mar...
Mas o meu coração não busca,
Me escondo ainda da noite e com medo da chuva.
Vida é paz...
Vida é amar...
Mas disso ele não usa,
Prefere incauto silêncio, mantendo a alma muda,
Como se fosse o tempo de ter a voz desnuda,
Não grita mais...
Não chama mais...
Clausura e desmonte,
Então onde de mim escondes,
A chave do meu ser.
O silêncio vai...
O silêncio vem...
Com esse poder a ti preso me tens.