Onde morre os grandes corações.
Liberdade, ainda que tardia
Os pulsos e tornozelos marcados por correntes
Lá de longe navios negreiros
Espadas, armas e canhões
Enquanto o frio na espinha habitava aqui dentro
O medo, morador antigo de nossos corações
Caravelas da morte
Não foram vistas de longe
E quando demos por si
Espelhos e ouro, eram trocados por almas
Enquanto a oração não existia
Todos eram puros e felizes
Mas o homem foi corrompido pela fé
Então entraram os canhões, ditando as regras
Enquanto cada vez mais a oração se fazia forte
Mais chovia estilhaços de canhões
E quando demos por si
Espelhos e ouro, eram trocados por almas
Quem inventou as cores da tua pele?
Pois dentro de ti o sangue é vermelho igual ao meu.
Quando nossos corações iram bater no mesmo ritmo?
A luz entra nas tuas retinas, iguais nas minhas
E quando poderemos ver um arco ires sobre nossa terra?
E assim torna-las livres?
Quem lhe fez melhor?
Teu dinheiro compra tudo
Menos nossas almas
Mas de mim, nunca terá, nem se quer meu ódio
Mas um abraço bem apertado, pois somos irmãos
Somos filhos da mãe terra.
Que insistimos em maltratar
E nesse momento, não deixarei a violência ser rainha do meu ser.
E digo para as grandes famílias que dominam nossas mentes.
Irei vencer no final.
E quando demos por si
Espelhos e ouro, eram trocados por almas