SURFISTA FLUMINENSE
Lá vem ele novamente
Por cima do japeri,
Sai pra surfar em Cascadura
Cria lá de Meriti
Sua Mãe dizendo:
¨Moleque desce dai¨
Ganha quem se desempenha,
Rezando pra não cair
Encima do vagão
Queimando a babylon,
É o surfista sem prancha
Que tu não encontra no Leblon
Indo pro estádio com a torcida
E nos bailes de briga,
Mas seu esporte é individual
Arriscado e suicida
Até o guardinha diz:
¨Esse cara é maluco¨
Pros coroa isso é o cúmulo ,
Tá cavando seu próprio túmulo
Até quando vai durar
Essa rotina, esse vicio
Adrenalina na veia
Faz esquecer do risco
É o surfista sem patrocínio
No lado ruim do Rio,
Pra não ser eletrocutado
Cuidado com o fio
Teve um amigo que tomou um choque
Em Agostinho Porto,
Estava surfando
Indo pro jogo do botafogo
Pra dar tempo ao tempo e viver
Tem que ter proceder,
A rua cobra quem teima
E paga pra ver
Se quer encontra-lo
Eles está sempre com os relíquia na pista
Sem parafina,
Vulgo ¨Medina¨ da Supervia
FALA DO IRMÃO
NÃO SABE A SENSAÇÃO
DE ESTAR ENCIMA DO VAGÃO
¨DESCE DAI DOIDÃO¨
SURFISTA FLUMINENSE, REFRÃO
NA BAIXADA NÃO TEM ONDA
ELE SURFA ENCIMA DO TREM
SURFISTA FLUMINENSE
ENCIMA DO TREM.