11 de Setembro de 1887
Lais, A única mulher que amei de verdade, O resto só passei raiva
Acreditava que seria feliz, Eu tinha um plano em meu coração
Tinha acabado de encontrar "As Minas do Rei Salomão"
E ao som do Erasmo, Eu fui embora
Mil Novecentos e Noventa e Sete, Eu era um pouco mais que um pivete
Eu era um adolescente olhando o céu e contando as estrelas, Noites de versos e prosas
Inspirado ao som do baião, Eu fui crescendo
Pandeiro da Aparecida do Norte, E de repente tudo começou
Ouvi Billie Jean na sonata, Disco do meu Avô
Ele também tinha alguma coisa do Donato, Alceu, Noel, Wilson, Ataulfo e Tremendão
Porém, toda canção me fazia lembrar Lais
Lais era uma Pretinha Fina, Coisa mais linda
Com tantas irmãs, Era difícil fazer a serenata
Eu pegava o violão e dava o tom, Na janela já aparecia a Renata
Depois chegava a Tereza, Flora, Luíza, Joana e Julia
A verdade, É que hoje não sei do seu paradeiro
Alguns dizem que Ela se casou, Outros falam que Ela ganhou muito dinheiro e se mudou para o estrangeiro
Pois é! Eu não quero acreditar
Quero encontrar Lais com aquele mesmo olhar, O mesmo andado e mesmo jeito de falar
Quero encontra-la, E dessa vez vou me declarar
Dessa vez, Não vou deixar Ela escapar.
(HISTÓRIAS de um LIVRO que vem)