Defesa da mulher
Quem vê cara
Não vê coração
O lobo vestido de ovelha
O brinco adornando a orelha
Com todas as armas na mão
No riso
Um segredo
Um esconderijo
A arapuca no aperto de mão
Nos cabelos
Que alisa
A tempestade da brisa
Nos olhos que te fitam
Pode ter um raio de sol
Mas também pode haver uma lava
Dessas vulcânicas
Que te fulminam
No primeiro olhar
Que
Doce voz
Que te embala
Te enrola
Te ferra
Quem diria ser tão bela e nascer na terra
Ser dona do lar
Te envolver de paz
Te empurrar para a guerra
Num mundo que se modifica
Te animalizando sem parar
Ė a sua defesa
Coisa da natureza
Porque a mulher jamais deve
Dar a luz
E se escravizar