Me diga
Me diga
se a falta que eu sinto
de seus lábios, seus abraços
e seu calor a me envolver
é amor.
De dia,
um sorriso me acomete
e sua imagem se repete,
me fazendo amanhecer
com louvor.
Antiga,
sua foto se revela,
qual paisagem na janela
ao entardecer,
um torpor.
Vazia,
a minha noite se anuncia,
quando, no final do dia,
posso perceber
minha dor.
Eu sinto
em meu leito essa saudade,
com intensa intensidade,
que me faz estremecer
de pavor.
Confirmo,
com o violão iluminado
(num reflexo molhado
que pareceu até chover),
que o que sinto
por você
é amor.