Coração de Balaio
Meu coração tranqueado
Tantas cartas e poemas
Guarda amores do passado
Empilhados em dilemas
Meu sentimento é forjado
Nos confins de Santa Helena
Me sinto mais animado
No gorjear da siriema
Nos Pampas fui eu criado
Minha mãe é Filomena
Pai gaúcho abagualado
Viveu a pobreza extrema
Bailo no chão forreado
E já não tenho problema
A gaita geme em Balaio
Lá no galpão da Jurema
Na canha fico aguampado
Mas inda honro o sistema
Campeio a china de lado
Mantenho a fé na morena
Ela me olha de soslaio
Perfumosa de alfazema
Um sorriso, então, desmaio
Nos braços dessa pequena
MARCANTE, Alexandre.
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