Horas Vadias

 

Chinelos nas mãos,

No assobio a canção

Pés descalços na areia

 

Com a mente ociosa

E uma brisa errante

Aproveito a estação

Onde brota a poesia

 

Generoso outono

Que me presenteia,

Com noites bem frias

E manhãs luzidias

 

Traz o que necessito

Nessas horas vadias

Com singela leveza

Da paz que semeia

 

Peito ecoa ternura

Estrondosa alegria

Nem sinal de tristeza

 

Tarde calma e indolente,

Céu, mar, água de coco,

Vida é bela aventura

E eu preciso tão pouco...

 

Chinelos nas mãos,

Ouço agora a canção,

Pés descalços na areia

Sob o sol que me aquece

 

Versos tão sonolentos,

Belo e intenso momento

Nem sei mais o que é tempo,

Digo: - adeus nostalgia!

 

 

Germano Ribeiro e Marise Castro
Enviado por Germano Ribeiro em 20/06/2023
Reeditado em 20/06/2023
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