Horas Vadias
Chinelos nas mãos,
No assobio a canção
Pés descalços na areia
Com a mente ociosa
E uma brisa errante
Aproveito a estação
Onde brota a poesia
Generoso outono
Que me presenteia,
Com noites bem frias
E manhãs luzidias
Traz o que necessito
Nessas horas vadias
Com singela leveza
Da paz que semeia
Peito ecoa ternura
Estrondosa alegria
Nem sinal de tristeza
Tarde calma e indolente,
Céu, mar, água de coco,
Vida é bela aventura
E eu preciso tão pouco...
Chinelos nas mãos,
Ouço agora a canção,
Pés descalços na areia
Sob o sol que me aquece
Versos tão sonolentos,
Belo e intenso momento
Nem sei mais o que é tempo,
Digo: - adeus nostalgia!