Retalhos
Prezado amigo Afonsinho,
“Palavras, palavras, eu já não aguento mais! Quando abre a matraca logo vem o sururu, ontem falando com ela, ela gritou: Cala a boca Zebedeu! Não se meta comigo porque na minha vida quem manda sou eu! Quanta gente existe por aí que fala tanto e não diz nada ou quase nada. Berro pelo aterro, pelo desterro. Berro por seu berro, pelo seu erro. Quero que você ganhe, que você me apanhe. Sou o seu bezerro gritando mamãe. Esse papo meu 'tá qualquer coisa e você 'tá pra lá de Teerã.
Afonsinho, eu continuo aqui mesmo. Aperfeiçoando o imperfeito, dando um tempo, dando um jeito, desprezando a perfeição, que a perfeição é uma meta
defendida pelo goleiro, que joga na seleção.
Eu nunca fiz coisa tão certa, entrei pra escola do perdão A minha casa vive aberta, abri todas as portas do coração.
Um abraço terno em você viu, Afonsinho!”