"Meu jeito"
Mesmo sem ter jeito
Faço do meu jeito
Busco ser direito. Então...
Cheio de defeitos
Menos que outros tempos
Contando nos dedos, pé e mão
Já desanimado, atormentado
Ando alucinado pra enfrentar esse mundão
Às vezes paciente, mas de repente
Frustrado, me acabo, perco o meu chão
É que em qualquer via que eu trafegue
Me oponho à mais-valia que prossegue sem perdão
É que eu não acredito nesse abismo
E me nego a validar os "ismos" de hoje, então
(Facismo, Xenofobismo, Esnobismo, Sucubismo...)
Ermo, me endireito
Cartas eu escrevo
Pra não esquecer. Então...
Parte jogo fora
Parte aproveito
Parte pro futuro. Sei não...
Tanto amor guardado, tanto dado
Faço amigos pra enfrentar esse mundão
Meio adiantado, meio atrasado
Sou pra cada um um cara, um tempo, uma lição
É que em qualquer via que eu trafegue
Prefiro trazer junto quem quiser se dar razão
É que eu acredito numa história
De uma senhora que já foi embora
E me ensinou: "ninguém se joga fora aqui não"
(La ra ra, la ra...)
(Bruno Mariano, "Gardeniro")