ASSIM DIZIA, JOÃO DE DEUS
Tu monta num aporreado
Pode acontecer tudo aquilo
Não e um cavalo manso
De montar e ficar tranquilo
Sou do tempo que só tinha crina
Tu só botava as esporas
Não tinha amadrinhador
Se largava campo a fora
Montei uma égua tordilha
La na arena já palanqueada
Quando Reinaldo me falou
Te crina e não fala nada quebra a aba do chapéu
Que esta égua tem pegada
Te cuida senão ela te tira
Logo na primeira sentada
A mão na trança da crina
Pregou o grito o Reinaldo
Ta feito já pode largar
O homem ta bem crinado
Dale cancha o joão ta pronto
Botei os ferro caio sentada
Meteu os cascos nas esporas
Já na primeira botada
Sai ponchando,ponchando
De repente ela cortou
Quando atravessou a arena
Sentou foi pra cima e voltou
Já vinha meio me tirando
Consegui volta pro lugar
Procurou buscando a volta
E subiu pateando no ar
Dali seguiu rumo ao brete
Sempre loca veiaquiando
Mandando muito lombo
A manotaço e relinchando
Quando campana cantou
Me bolhei sai de cima
A mão canhota sangrando
Cortada a trança de crina
esta e a vida do ginete
que ao nascer já traz a sina REFRÃO
enquando egua dar cria
os ginetes não termina