CASA GRANDE DA ESTANCIA

Aquela bela casa grande

Da estancia onde cresci

Carrego ainda na lembrança

Deste o meu tempo de guri

Eu ficava olhando de longe

Era bem diferente da minha

mas nunca tive inveja e cobiça

pelas coisas que eu não tinha

Roseiras, camélias e jasmim

Enfeitava o tapume cercado

De roseiras e sempre vivas

Um portão de ferro gradeado

Que eu nunca pude cruzar

Só ficava de olho espichado

Quando pela dona Djanira

Por acaso eu era chamado

Ao redor do jardim florido

Um corredor ladrilhado

A casa no estilo português

Sobre um amplo varandado

Que curiosidade eu sentia

De atravessar aquele portão

Conhecer tudo o que tinha

Da casa grande do patrão

O Dr Alvaro dono de tudo

Mas quem mandava o Faustão

Filho que tinha fama de ruim

Mal visto, não falava com peão

Até pra apanhar umas laranja

Tinha que ter a sua permissão

Dr Alvaro os filhos Jairo e Ijó

Já eram diferentes e bonaçhão

Aquela imagem me segue

Da casa grande da estancia

Que trago na minha memoria

Desde o tempo da infância

Coberta de telhas de barro

Paredes verde água pintadas

altas portas e janelas vermelhas

Ricamente e envidraçadas

ZECA DIVINO
Enviado por ZECA DIVINO em 10/06/2023
Reeditado em 29/03/2024
Código do texto: T7810330
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